Destaco em seguida esta segunda notícia interessantérrima na edição de hoje:
- a "Sardinha sobe 17 vezes de preço entre a lota e o prato", o que, economicamente, significa que não existe economia de mercado na distribuição do peixe e, pessoalmente, me enche de júbilo, pois pode ser este ano que não tenho de cheirar o fedor da sardinha a assar pelas ruas (clara violação às normas de Bruxelas sobre poluição do ar).
Estranhamente, a sardinha só é referida no título e na primeira frase do longo artigo, sendo rapidamente afogada por todo um chorrilho de pensamentos sobre outros peixes e criaturas marinhas.
Destaco a sequência de cálculos sobre os aumentos de preços dos diversos animais marinhos que o jornalista se entreteve a fazer, mais uma vez estando patente a habitual inépcia dos media em pensar, em afirmações como esta sobre o pargo: "À mesa do restaurante são 198% a mais do que na primeira venda."
Também é curioso o tom leve e despreocupado como é apresentado o facto de não haver concorrência no mercado do peixe e os distribuidores abusarem da sua posição de cartel. Obviamente, isto sou eu a dar a minha interpretação economicista, pois, segundo o jornalisto, o aumento de preços é algo de mágico e inexplicável, causado pelo próprio peixe morto, que, do além dos peixes, influencia misteriosamente o mundo humano dos vivos: "Depois de transportado para os diversos destinos, o peixe começa a aumentar o preço." Isto, apesar da notícia se encontrar na secção de "Bolsa" do DN, o que também me teriam de explicar a relação do cu com as calças.
2 comentários:
Mas porquê ler o DN? A única utilidade desta versão CM é mesmo dar para uns posts engraçados
bjs, Diogo
:)
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