- Censuramos as imagens raras de um futebolista brasileiro-croata que joga em Inglaterra a partir uma perna para não ficarmos impressionados, mas, praticamente diariamente, vemos, sem qualquer problema, no meio de poças de sangue, corpos iranianos despedaçados por terroristas inumanos e cobardes, e criancinhas palestinianas a contorcerem-se em macas pelos actos "diabólicos" dos israelitas "maus".
- Fazemos um chinfrim na Faixa de Gaza por ataques a terroristas que se entretêm a mandar rockets por cima da fronteira e, agora, junto à Venezuela pela eventual possibilidade de uma guerra, mas achamos perfeitamente normal que a Turquia tenha invadido o Iraque e ande por lá há semanas a matar curdos.
Reflexões:
- O grau de sensibilidade a uma notícia depende mais da sua raridade/frequência ou da sua localização geográfica?
- Os jornalistas pensam?
- Os jornalistas classificam moralmente uma notícia como um acto "bom" ou "mau" por sua livre
e espontânea vontade, por política editorial ou porque já lhes chega assim das agências noticiosas e decidem não fazer alterações?
- Não falam da invasão do Iraque pelos Turcos ou de outras coisas que nem sequer nos chegam superficialmente, por estupidez, porque não deram por isso, ou porque receberam instruções para não o fazerem?
- Com tanta coisa potencialmente a acontecer no mundo, o mais importante é, sem sombra de dúvida, a volta a casa do Príncipe Harry vindo de uma qualquer zona de combate no Afeganistão onde foi descoberto por jornalistas?
- Foram paparazzis ou jornalistas "normais" que descobriram o Príncipe Harry no Afeganistão? E existem paparazzis nas zonas de combate no Afeganistão? E existem zonas de combate? Mas julgava que combates era coisa que já lá não havia, visto não falarem disso nos media? Deve ser como a Turquia e o Iraque, não é suficientemente importante para "make the news". Deviam descobrir por lá o Príncipe das Astúrias, ou o fantasma da Princesa Diana: e assim? talvez houvesse algum paparazzi a noticiar?
segunda-feira, março 03, 2008
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2 comentários:
tou contigo!
Gada!
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