domingo, janeiro 08, 2006
Não há pachorra para a FENPROF!
Num curto espaço de tempo ouvi dois comentários da Fenprof que me levaram a questionar (mais uma vez!) se não haverá uma onda de psicose a afectar o nosso oásis à beira mar plantado. Senão vejamos, durante vários anos ouvimos estes senhores gritar aos sete ventos que era um atentado aos direitos dos professores a existência de concursos anuais que impediam o professor de ter estabilidade profissional, pois se num ano era colocado numa escola, no ano seguinte não sabia onde iria parar e que isso era um factor de stress e não permitia uma vida estável. Até aqui tudo bem, concordo plenamente.
Esta semana o Min. da Educação divulgou o novo regulamento dos concursos, em que os professores ficarão vinculados à mesma escola durante 3 anos. Ok, pensei eu, talvez este ano não haja tantas greves e protestos. Que estúpida sou! É claro que vai haver luta, pois de acordo com a opinião da Fenprof. esta nova lei limita o direito democrático do prof. em todos os anos concorrer a uma nova escola! Afinal em que é que ficamos?
Três dias depois, novo comentário da Fenprof relativamente às alterações que o Min.da Educação (por sinal muito activo!) pretende fazer para combater o insucesso escolar:
Os jovens com insucesso escolar serão inseridos em turmas especiais onde as escolas terão de criar curriculos alternativos mais adaptados às suas necessidades, para que assim não abandonem a escola sem pelo menos terem a escolaridade mínima.
Segundo a Fenprof. esta lei é criminosa pois vai contra o direito democrático de igualdade de oportunidades dos jovens. Peço desculpa mas o que é criminoso é que uma associação que tem responsabilidades no ensino em Portugal se dê ao luxo de estar contra tudo e contra todos e que faça comentários que só são toleradas em pessoas ignorantes e desinformadas!
Há já vários anos que se comprovou nessa europa fora que é o ensino massificado que não promove o direito de oportunidades. Não é pelo facto de todos os jovens serem ensinados da mesma forma e com o mesmo curriculo sem se ter em consideração as diferentes caracteristicas que estamos a promover a igualdade de oportunidades antes pelo contrário, quem se adapta óptimo, quem não se adapta está excluido.
A igualdade de oportunidades é medida pelo nível de habilitação com que o jovem sai do ensino independentemente dos diferentes métodos que foram utilizados para o conseguir.
Neste novo decreto lei eu vejo é uma situação diferente, é que são as escolas que vão criar os curriculos alternativos o que implica mais trabalho para os professorese e mais responsabilidade. Num país onde a lei é sacudir a água do capote, poderá ser esta a razão de tanta indignação da Fenprof?
Talvez este decreto lei até não seja um grande fiasco se as escolas não distorcerem a sua essência e o utilizarem para criar a turma dos "repetentes" onde vão parar os piores professores e os estagiários...
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2 comentários:
Psicose... O que tu queres é clientes!
Estabilidade? Querem eles (os sindicatos) lá saber disso...
Querem é colocar todos os professores nas suas escolas preferidas (ao pé de casa). E teremos assim escolas num terço do País (onde estão os professores candidatos).
Ou seja, as Escolas existiriam onde estão os professores e não onde estão os alunos...
Lindo panorama.
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